Meus amados se houvesse
na Palavra de Deus um único indicativo que legitimasse a liderança pastoral
feminina, eu seria o mais ardoroso praticante desta ideia. Mas como não apenas
inexiste tal indicativo, como também encontramos diversos pontos e contextos
que reprovam esta prática, eu, por esta razão, sou opositor público e convicto
de pessoas e igrejas que ousam aprovar aquilo que a Bíblia não endossa. Por
isso já começo me posicionando a este respeito.
Quando você observa
tantas igrejas ordenando mulheres pastoras e tantos supostos defensores desta
heresia se levantando por todos os lados, não pense que isso seja um fenômeno
do hoje e do agora. Na verdade essa prática é Filha legítima daquilo que eu
chamaria de triângulo amoroso entre Liberalismo teológico, feminismo e
filosofia unissex. Permitam-me os amados iniciar meus argumentos esclarecendo
um pouco sobre isso.
- O Liberalismo teológico de meados do
século 19 representa o esforço de se adaptar a Bíblia aos movimentos culturais
seculares, por isso, rejeitou uma leitura literal da Bíblia e adotou como
hermenêutica, a interpretação alegórica da Bíblia e deu a metodologia ideal
para se torcer textos literais da Bíblia, com a desculpa de contextualização
cultural.
- A Filosofia Unissex que procura
deliberadamente acabar com as naturais distinções entre os sexos e promover uma
moralidade permissiva e antibíblica, tem exercido pressão e levado muitos a
trocar conceitos bíblicos por conveniências culturais. O próprio movimento
gay costuma ser apoiador da ordenação de mulheres pastoras, justamente porque
também bebe das fontes desta filosofia.
- O Movimento Feminista que teve seu berço
no meio evangélico em 1848 com a convenção de mulheres na capela da igreja
Wesleiana Metodista em Seneca Falls, New York, nos EUA tem feito uma
releitura dos textos bíblicos que falam dos papeis das mulheres e dos homens na
igreja, a partir de uma hermenêutica alegórica e de uma perspectiva cultural
acomodada ao humanismo que despreza o aspecto literal do texto.
Este é o tripé que consolidou as raízes do pastorado feminino
e todos os ativistas que congregam nestes pensamentos, muitos inclusive são até
ateus, mas ainda assim batem palmas e engrossam os gritos contra o que chamam
de machismo religioso.
Quero desfazer a
partir de agora as grandes falácias e equívocos que costumam ser utilizados em
defesa do pastorado feminino. Na verdade tratarei daqueles argumentos
inverídicos que apresentam os que veem na ordenação de mulheres um sério
desvio da sã doutrina como:
1.
"São machistas" - terminologia indevida inventada
pelos anti-bíblicos movimentos feminista e unissex para rotular homens que praticam
violência contra as mulheres ou que as menosprezam, porém, o nome é impróprio,
pois, machismo, significa algo próprio dos machos ou relativo aos seres
humanos do sexo masculino, e nisso não há nada de errado. Homens de mau caráter
devem ser chamados de cruéis e injustos e não de machistas. Por conta desta
distorção conceitual, muitos homens estão se efeminando, como medo até de serem
identificados com as coisas próprias dos machos. Eu sou macho porque Deus me
fez assim. Discordar do pastorado de mulheres não faz de mim um machista, mesmo
porque meus argumentos são teológicos e não filosóficos.
2. Não
permitem a mulher ser pastora, por acreditarem que a mulher é inferior ao homem. Esta
é uma acusação injusta e sem nenhum fundo de verdade. O pastorado é uma vocação
e ao mesmo tempo um ofício que deve ser e é claramente distinguindo na
Bíblia da questão do valor real do ser humano, seja ele homem ou mulher. Agora,
uma coisa precisa ser esclarecida: Não
fazer distinção entre posição e personalidade é
cometer um terrível equívoco.
Por
exemplo, Cristo, Deus Filho se submete ao Pai e essa subordinação não implica
em inferiorização ou desvalor. Ainda, um homem que tem a posição de pastor não
é necessariamente melhor ou de maior valor como pessoa do que outro homem
ou mulher que não tenham o ofício pastoral. A Bíblia esclarece : ".. não pode haver... homem ou mulher...em Cristo Jesus",
"[ambos] ...herdeiros da mesma
graça de Vida..." (Gl 3:28; I Pe 3:7). De modo que "em Cristo" o valor pessoal de
alguém não depende do ofício, posição ou vocação que exerce.
Mulher
que se sente rebaixada como pessoa porque "não lhe permitem" ser
pastora, tem um complexo de inferioridade descabido e antibíblico. Essa é a
verdade
3. Que
na doutrina do sacerdócio de todos os crentes está contido o direito de
qualquer crente, seja homem ou mulher exercerem o pastorado. O que
está biblicamente contido na doutrina do sacerdócio do verdadeiro crente é o
direito dele entrar e sair da presença de Deus, sem a necessidade de
intermediários humanos. Porém, daí deduzir que qualquer
crente pode receber o chamado para ser pastor, inclusive mulher é ir além do
que a Bíblia ensina e permite. A palavra mulher utilizada aqui é frisada
não com discriminação, como se a clara restrição Bíblica ao pastorado feminino
a fizesse inferior ao homem, mas porque Deus tem um outro plano para o
ministério das mulheres, isto visto, na Bíblia nas claras omissões de
Deus convocar mulheres para liderança sobre os homens, e das inequívocas
restrições que faz à possibilidade de uma mulher ser pastora, não só em não
mencionar um só caso sequer de mulher pastora, como através de mandamentos
explícitos, tais, como, "não
permito que a mulher ensine nem que exerça autoridade de Homem" - I
Tm 2:11-14.
A
maneira como Deus organizou a
cadeia de liderança entre anjos e homens não
é baseada no valor pessoal intrínseco de nenhum dos contemplados com esta ou
aquela vocação, nem no privilégio sacerdotal do advento da nova aliança, de se
poder entrar na sua presença em livre intercessão, ou seja, Deus decidiu
soberanamente e por pura graça quem seria querubim e quem seria apenas
anjo, quem seria o cabeça do lar e quem se submeteria ao
cabeça deste lar, quem lideraria a igreja e quem se submeteria (I Co 11:3-9;
14:34-35). De modo, que o fator liderança-submissão e a escolha de um dos sexos
para vocações específicas, do ponto de vista Divino em nada depende do valor
pessoal intrínseco e nada tem a ver diretamente com o sacerdócio do crente
sob a nova aliança, mas depende da escolha soberana de Deus. E quem aqui
possui uma mente superior para questioná-lo quanto a isso?
Resumindo, um dos requisitos
para ser pastor é fazer parte do sacerdócio real [ser crente], todavia, não
basta isto, o candidato deve estar na categoria que Deus escolheu para o
pastorado ou liderança da sua igreja na terra.
4. Que, embora a Bíblia não diga nada diretamente a favor do
pastorado feminino, também não diz nada contra.
As
"feministas cristãs", que lutam pelo pastorado, acham que têm
esse direito, baseadas neste argumento do silêncio, ou seja, adotar este
argumento é agir de modo preconceituoso e arbitrário, rejeitando por
interesses pessoais antibíblicos outro argumento que embora também seja
baseado no silêncio, é muitíssimo mais forte que o anterior. É muito indicativo
de que o pastorado feminino não é o plano de Deus para as mulheres, o fato de
que a Bíblia não registra nenhum caso de mulher em função de
liderança eclesiástica sobre homens, tais como, matriarcas das 12 tribos de
Israel [Jacó tinha uma filha e doze filhos, Deus escolheu somente os doze
filhos, e se isso é machismo, e as feministas o veem como uma injustiça, terão
de explicar esta deficiência de Deus, apostolas [Cristo tinha muitas discípulas
entre as mulheres tão fiéis e valorosas quanto, e digo até mais que, os
discípulos homens, porém, Ele escolheu apenas homens para serem os lideres da
novel igreja cristã, e o motivo não foi por questões culturais, pois Ele
quebrou muitas e mais sérias questões culturais e religiosas de sua época ]
e pastoras [Paulo tinha mulheres de valor igual ou muito maior do que os
homens que trabalhavam com ele, todavia, não vemos nem Paulo, nenhum outro
apostolo, igreja do Novo Testamento, ou mesmo por ação direta do Espírito Santo
falando à igreja como no caso de Paulo e Barnabé, estabelecendo ou mesmo
reconhecendo mulheres na função pastoral.
Muito
pelo contrário, vemos que todas as instruções para o pastorado são dirigidas a
homens, por exemplo: que o bispo [e não episcopisa ou pastora] deve ser
"esposo de uma só mulher", "que governe bem a sua própria
casa", que em caso de problemas "chame os presbíteros da igreja"
etc." (I Tm 3:4; Tg 5:14).
Percebe-se, por está breve análise, que mulher no pastorado não é uma questão cultural ou de discriminação "machista", mas é algo que claramente fere a sã doutrina e a vontade de Deus revelada na Bíblia.
Percebe-se, por está breve análise, que mulher no pastorado não é uma questão cultural ou de discriminação "machista", mas é algo que claramente fere a sã doutrina e a vontade de Deus revelada na Bíblia.
Deus primeiro criou o homem e dele e para Ele,
então, formou a mulher. (1 Co 11.8-9) Quando o homem e mulher encontraram-se
pela primeira vez, o homem assumiu a liderança ao dar a ela um nome e defini-la
em relação a ele mesmo (Gn 2.23). A ordem de Deus na criação foi primeiro Adão,
depois Eva. A ordem de Satanás na tentação foi primeiro Eva, depois Adão.
Contudo a ordem de Deus permaneceu: na prestação de contas, de novo primeiro
Adão. Depois de haverem pecado e se escondido, o homem é que foi chamado pelo
Senhor: 'onde estás?' (Gn 3.9). Embora Eva tenha pecado primeiro, Deus
dirigiu-se primeiro a Adão. A responsabilidade original permaneceu com o homem.
Com base nisso eu posso e devo afirmar que a
liderança masculina estabelecida na criação, violada durante a queda no pecado,
e reafirmada por Deus em seguida é o princípio que subjaz ao preceito e à
prática de se ordenar homens como líderes da igreja. Deus quer uma liderança
masculina piedosa no lar e na casa de Deus, a igreja. Na verdade, a capacidade
de liderar a família é o sinal de que o homem pode ou não liderar a igreja de
Deus. (1 Tm 3.5) A liderança masculina expressa o propósito da criação de Deus;
reflete a relação entre Cristo e Sua igreja (Ef 5.23); é comparada até com à
vida no seio da Divindade. (1 Co 11.3) Assim como Deus o Pai e Cristo são
unidos e iguais - com o Pai liderando e Cristo submetendo-se - assim também
homem e mulher são unidos e iguais, com papéis complementares na família e na
igreja.
Com
isso entendemos que Deus em Sua criação determina que a mulher não pode violar
a ordem e nem tampouco exercer essa autoridade. Entretanto, quero fazer justiça
aqui a uma reflexão muito importante: A
congregação que defende a liderança masculina, mas que erroneamente sufoca os
dons e negligencia as necessidades femininas, é pior do que a que valoriza as
mulheres, mas que erroneamente as ordena em todos os ofícios.
Tenho
escutado o absurdo de que o fato de existirem muitas mulheres pastoras seria
prova de que Deus está levantando essas mulheres. Nunca ouvi nada mais hilário
que isso. Por haver muitos pregadores ensinando heresias quer dizer que Deus
aprova e isso é a forma que Deus prescreve em Sua palavra? Por existir
mercenários, fanfarrões e usurpadores no meio gospel quer dizer que é essa a
forma que Deus aprova? Esse é um típico argumento de pessoas que não tem zelo
nem temor pelas sagradas letras. A principal ênfase da reforma é somente e toda
a Escritura! Nosso padrão, nossa regra de fé, nosso prumo não são experiências
pragmáticas, nós temos um tesouro e esse pode ser encontrado. Paulo diz a
Timóteo, um jovem instruído por duas mulheres (não pastoras e sim, mãe e avó),
que a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino (2 Tm 3.16), portanto
está aqui a nossa porção. E sobre esse assunto não há respaldo bíblico. Não
podemos forçar o texto e mesmo que este verso seja mal usado por algum pastor como se tivesse uma
interpretação acertada sobre o tema, mesmo assim de forma isolada não podemos
construir uma doutrina em cima disso.
Então,
como tratar essa figura de pastora na igreja? Devemos rejeitar tudo aquilo que
a Bíblia rejeita. Como um pegador da Palavra, eu me submeto às Escrituras e não
tenho dúvidas que toda mulher possui um lugar muito nobre no corpo de Cristo. Afirmar
que a mulher não deve ser pastora não quer dizer que elas não podem servir, nem
que Deus não derramou dons sobre elas.
Existem seis bilhões de pessoas neste mundo e
provavelmente dois terços dessas pessoas não foram atingidas pelo Evangelho,
sendo que provavelmente 75% delas são mulheres e crianças com menos de quinze
anos de idade. Se você tem um coração preocupado em salvar pessoas, se você
quer se dedicar a curar vidas estragadas, se quer realmente resistir ao mal, se
quer ir ao encontro das necessidades humanas, as possibilidades de ministrar a
estas pessoas, são possibilidades ilimitadas. Você não precisa ser ordenada
pastora para encontrar o seu valor no reino. Vá e conquiste estas almas para
Cristo.
"Quero
porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da
mulher, e Deus a cabeça de Cristo." 1 Coríntios 11.3.
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